O período
histórico denominado de guerra fria compreende o espaço de tempo entre o fim da
2ª Guerra Mundial em 1945 e a fragmentação total das nações socialistas em
1990/91. A rivalidade entre a ideologia capitalista, defendida pelos EUA, e a
socialista, validada pela URSS, teve conseqüências bem conhecidas atualmente:
corrida armamentista, criação da OTAN, corrida espacial, queda do muro de
Berlin e outras tantas que fazem parte desta história.
Fazendo-se uma
analogia entre o período em questão e a contemporaneidade, pode-se perceber que
o cenário é praticamente o mesmo, muda-se apenas alguns personagens. No meu
ponto de vista, atualmente a rivalidade entre capitalismo e socialismo
tornara-se bastante diminuta e trivial, quando comparada ao atual conflito
existente dentro da ideologia capitalista.
No período da
paz armada, o mundo encontrava-se em uma bipolaridade, hoje não mais existente.
A atual multipolaridade vem permitindo que outras nações ganhem um destaque no
âmbito político, econômico, social, cultural e ideológico, ainda que de forma
lenta e gradual. Essa ascensão de nações que outrora foram subjugadas vem
incomodando países que cultivam, direta ou indiretamente, uma cultura imperialista,
que costuma exercer domínio e hegemonia dentro de outros territórios. Tal fato
pode ser comprovado com a constante intervenção dos EUA e seus aliados nos
levantes políticos que vem ocorrendo no mundo árabe, processo este que é
marcado pela queda de regimes ditatoriais e instalação de Estados democráticos.
Algumas pessoas não conseguem perceber, mas sempre há um motivo para a suposta “ajuda” oferecida pelas potências componentes do G8. Embora elas possuam potencial para intervir de forma positiva nestes territórios, o motivo é um só, dinheiro. Este motivo pode ser dividido em inúmeras vertentes, dentre as quais se destaca o petróleo, que é o motivo que origina essas constantes intervenções não só nos atuais conflitos políticos do mundo árabe como a um bom tempo nos conflitos existente no oriente médio.
Para ser mais
claro, percebam que uma considerável parte dos países em conflito faz parte da
OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Portanto, a existência
de um conflito político dentro das nações que fazem parte da OPEP, poderia
levar ao poder um Estado que fosse contrário à ideologia capitalista que
sustenta a nações do G8, causando uma possível ruptura nas relações de
exportação petrolífera.
Enfim, o
conflito existente no mundo árabe e a pseudo-solidariedade do G8 são apenas
alguns fatos que compõem o século XXI, período que a meu ver não deixa de
conter um clima de guerra fria já que os conflitos ideológicos e outros não
armados continuam a existir, além de todo um clima de desenvolvimento de
tecnologias que possam ser utilizadas em um arsenal bélico e a preocupação com
a hipótese de uma futura 3ª Guerra Mundial.
Confira logo
abaixo um mapa identificando os membros da OPEP, e, em seguida, a matéria
noticiada pelo site G1 sobre a ajuda de US$ 175milhões prometida pelo Reino Unido
aos países árabes, juntamente com outro mapa em que constam os países árabes
que estão a passar por conflitos.
Veja também:
http://ultrajando.blogspot.com/2011/03/geronimo-santana-e-o-pagode.htmlhttp://ultrajando.blogspot.com/2011/04/o-brasil-pede-socorro-parem-angra-iii.html
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